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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Formação Leitora (parte II)

O ENSINO EXPLÍCITO
O ensino explícito da compreensão da leitura caracteriza-se por colocar o aluno numa situação de leitura significativa e integral. é um modelo que procura tornar os leitores autônomos, desenvolvendo neles não só competências, mas também estratégias que poderão utilizar de modo flexível segundo a situação. Estas podem ser muito variadas: podem consistir, por exemplo, em encontrar o sentido das palavras desconhecidas recorrendo ao contexto, em extrair as principais ideias de um texto, em construir uma imagem mental de uma personagem ou de um acontecimento.
Etapas do ensino explícito
O ensino explícito sobre a leitura tem como objeto as estratégias de compreensão.
1. DEFINIR A ESTRATÉGIA E PRECISAR A SUA UTILIDADE
à partida é importante definir a estratégia, utilizando uma linguagem adequada aos alunos e explicar-lhes porque é que ela lhes será útil para a compreensão de um texto. No entanto, o fato de se ensinar uma estratégia não assegura, só por si, que eles a utilizem nas suas leituras pessoais. é, portanto, necessário, sublinhar a relação entre a sua utilização e o progresso do desempenho do aluno. Exemplo: “Serás capaz de responder corretamente a muito mais perguntas se utilizares... (nomear a estratégia)”.
Contudo, explicar uma estratégia de leitura não é uma tarefa fácil e exige uma preparação minuciosa.
2. TORNAR O PROCESSO TRANSPARENTE
No ensino de uma estratégia de leitura, é necessário explicitar verbalmente o que se passa na mente de um leitor consumado durante o processo. Uma vez que os processos cognitivos não podem ser observados diretamente, os de leitura devem ser ilustrados. Por exemplo, durante uma leitura em voz alta, perante uma palavra desconhecida, o professor pode dizer aos alunos: «Eu não conheço o significado exato desta palavra. Penso que quer dizer xxxx, mas não tenho a certeza. Vamos ver se o resto do texto nos pode ajudar a descobrir o seu significado.» O professor prossegue a leitura e menciona, à medida que avança, os elementos que vêm confirmar, precisar ou infirmar a sua hipótese.
3. INTERAGIR COM OS ALUNOS E ORIENTÁ-LOS PARA O DOMÍNIO DA ESTRATÉGIA
Consiste em levar os alunos, em seguida, a dominarem a estratégia ensinada dando indícios, fazendo recontos e diminuindo gradualmente a ajuda dada.
4. FAVORECER A AUTONOMIA NA UTILIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA
Este momento serve para consolidar as aprendizagens. Nesta etapa o aluno assume quase toda a responsabilidade pela escolha e aplicação da estratégia ensinada. Após algumas utilizações autônomas da estratégia, o professor orienta os alunos que têm dificuldades, a fim de evitar a cristalização de uma aplicação ineficaz.
5. ASSEGURAR A APLICAÇÃO DA ESTRATÉGIA
O professor incentiva o aluno a aplicar a estratégia ensinada nas suas leituras pessoais. Insiste sobre o «quando utilizar essa estratégia». Deve sensibilizar os alunos para o fato de que uma estratégia não se utiliza indiscriminadamente. é preciso avaliar em que momento específico ela será útil à compreensão do texto. Por exemplo, a representação mental será útil na compreensão de um texto narrativo, mas pode não ser adequada no processo de compreensão de um texto abstrato.

In: GIASSON, Jocelyne - A compreensão na leitura. Porto: Edições Asa, 1993.

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