Olá pessoal!!!

Esse espaço a destinado a trocas, encontros, leituras e comentários!
Sejam bem vindos e sintam-se em casa!!!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Feliz Dia!!!

Pelo nosso dia, que deveria ser lembrado durante todo o ano, com mais valorização e respeito! Continuemos fazendo nossa parte! Parabéns, professores!!!





domingo, 9 de setembro de 2012

Fórum de Alfabetização

Em homenagem ao Dia da Alfabetização (08/09), que tal um encontro de estudos?!
Clique na imagem para ampliá-la

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Conversas ao Pé da Página


Com inscrições abertas, o Conversas ao Pé da Página retorna ao SESC Pinheiros. O seminário, cuja programação é dividida em três blocos entre maio e agosto, tem como tema Crianças e Jovens no Século XXI Leitores e Leituras. Convidados nacionais e internacionais participam das palestras e ministram oficinas. As inscrições abrem sempre três semanas antes de cada bloco.
Organizado pelo A Cor da Letra - Centro de Estudos em Leitura, Literatura e Juventude, e pela Revista Emília - especializada em leitura e literatura juvenil, Conversas ao Pé da Página é um seminário, organizado em vários encontros, em torno de temas que se referem à literatura, leitura, formação de leitores e livros para crianças e jovens. O propósito central das Conversas é de promover um intercâmbio de experiências e de conhecimentos cuja reflexão e discussão contribuam para a formação de todos os interessados pelo tema. A ideia de intercâmbio se viabiliza com a presença de figuras de destaque internacional, tanto no plano da reflexão como da prática, que dialogam com especialistas nacionais de prestígio.
Conversas ao Pé da Página aposta nesta ideia, na linguagem ágil dos expositores, no dialogo e no debate. Assim como numa estrutura com começo, meio e fim de modo a que cada encontro seja um passo adiante, acumulativo das reflexões anteriores.
O objetivo das Conversas ao Pé da Página reside na promoção de uma reflexão sobre o papel e a importância da leitura; sobre as práticas que promovem a formação de mediadores; sobre as formas de incentivo à atividade leitora com ênfase no foco da leitura literária; sempre tendo o mediador e a sua formação leitora como principal destinatário.
A primeira edição das Conversas ao Pé da Página, ocorrida em 2011, registrou alto numero de inscrições, além de avaliações e manifestações altamente positivas tanto no que se refere à conteúdo como à organização. Com uma experiência acumulada de 6 seminários em 2011, tanto no plano da formulação como da produção dos seminários, a coordenação e curadoria do evento, de saída apoiadas pelo SESC, seu principal realizador, e pelos parceiros, dá inicio às Conversas ao Pé da Página, numa versão ampliada.

Para conferir a programação (inscrição gratuita para os seminários) e ter maiores informações, acessem o site <http://www.conversapepagina.com.br/>

Vagas limitadas!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Quanto vale uma imagem?

Se você pegar alguns livros infantis mais antigos, pode conferir: em muitos deles os ilustradores sequer estão citados na capa. Por muitos anos – e há quem pense assim até hoje – a ilustração sempre se posicionava em segundo plano, era como um apoio para o texto. Hoje há dezenas e dezenas de exemplo – e já vi muito escritor assumindo isso, ainda bem – em que não há livro completo sem a ilustração. Ou seja, ela deixou de ter papel coadjuvante para dividir a contação daquela história com o escritor. 

Agora quem ainda luta pelo espaço é o livro só de imagem. Não, ele não “serve” só para crianças que ainda não sabem ler as letras. Ele é mais, muito mais. “Ler um livro ilustrado é também apreciar o uso de um formato, de enquadramentos, de relação entre capa e guardas com o seu conteúdo; é também associar representações, optar por uma ordem de leitura no espaço da página, afinar poesia do texto com a poesia da imagem, apreciar silêncios de uma em relação à outra... Ler um livro ilustrado depende certamente da formação do leitor”, escreve a francesa Sophie Van der Linden, no livro Para Ler O Livro Ilustrado, que a editora Cosac Naify acaba de lançar no Brasil. É uma belíssima definição dos caminhos que ainda temos que correr e de quanto a nossa formação cultural e educacional ainda tem lacunas a preencher. Quais são nossas referências para ler uma imagem? Um paradoxo curioso disso a gente percebe com as crianças. O livro-imagem, principalmente para os ainda não envolvidos completamente com a dependência da palavra escrita, gera uma liberdade da leitura. Uma imagem, um desenho, uma cena pode nos  dizer muita coisa e coisas diferentes um para o outro. Coisas diferentes até mesmo do que o autor imaginou. Esta é a beleza de uma arte. “A ausência da palavra escrita exige mais da imaginação do leitor”, disse Isabel Coelho, editora da Cosac Naify, em encontro sobre o tema do qual participei semana passada na USP. E aí se instala outra contradição: quanto não ouvimos por aí que a imagem – seja ilustração, da TV ou do cinema – está limita ndo a nossa imaginação? Mas agora, ainda bem, vivemos novos tempos e o desafio é ter e dar acesso a mais livros somente com imagem (no Livros pra Uma Cuca Bacana, você pode procurar na seção “livros de imagem” e achar várias opções!). Mas há cada vez mais chegando ao mercado. Pegar um livro só de imagem é um exercício do olhar. É como nos emocionarmos com uma fotografia de Henri Cartier-Bresson, ou um quadro de Van Gogh. Se já nos rendemos a isso, por que esta resistência aos livros? Livro só de imagem é literatura, sim. E das boas. E precisamos estar com eles por perto para formar um leitor. 


Cristiane Rogerio é editora de Educação e Cultura da Crescer e adora se perder entre os livros.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI232840-17926,00.htm
Imagem: Eva Furnari. Bruxa Onilda

domingo, 15 de janeiro de 2012

Leitura nas férias

Fonte: Educar para crescer
        
Foto: Dennis M. Ochsner/Getty Images


INDICAÇÕES PARA CRIANÇAS ENTRE 3 E 7 ANOS


Obax
André Neves
Editora Brinque-Book
Andre Neves, autor e o ilustrador desta aventura, narra por meio das palavras e das imagens a história de Obax, uma menina africana que vive muitas aventuras. Porém, ninguém acredita nela, afinal, na aldeia onde vive não há muito o que fazer. Invencível diante do olhar incrédulo dos adultos, ela parte para a maior delas: uma volta ao mundo em companhia do parceiro Naifa, um elefante que se perdeu de sua manada.

O Leão e o Camundongo
Jerry Pinkney
Editora Martins Fontes
Na lei da selva os mais fortes vencem os mais fracos, sempre. Neste livro, baseado nas Fábulas de Esopo, a regra não se aplica: leão e camundongo protagonizam a história como grandes salvadores. O rato, sem querer, interrompe o sono do Leão, que em um ato de piedade, solta sua presa. Mais tarde, é ele quem liberta o leão de uma armadilha de caçadores. A narrativa é costurada apenas com imagens que pedem para serem lidas e apreciadas pelas crianças.

João Esperto leva o presente certo
Candace Fleming
Editora Farol
Neste conto de princesas, o Rei convida todas as crianças do reino para a festa de 10 anos de sua filha. João, aparentemente convidado por engano, se entusiasma com a festa. Apesar da pobreza em que vive com sua família, providencia um delicioso bolo de presente para a princesa e segue a caminho do reinado. Enfrenta uma revoada de corvos, o ogro desgrenhado e a floresta silenciosa e escura. E chega, apenas, com o morango que enfeitava o doce. O que será que a princesa achou do presente?

Gildo
Silvana Rando
Brinque-Book
Gildo era muito corajoso, mas havia uma coisa capaz de fazê-lo perder o sono: as bexigas que enfeitam as festas infantis. A cada novo convite de aniversário de seus colegas de escola ficava aterrorizado, mal pregava os olhos pensando nas inúmeras bexigas que seriam entregues após soprarem as velinhas. Até que em um dia não teve como escapar: leia o livro e saiba como Gildo enfrentou o seu medo.

INDICAÇÕES PARA CRIANÇAS ENTRE 8 E 13 ANOS
Matilda
Roald Dahl
Editora Marins Fontes
Todo mundo acha que qualquer pai ou professor gostaria de ter um filho ou um aluno que adorasse ler, que preferisse os livros aos jogos de computador, televisão e outras distrações. Mas com Matilda foi diferente. Seus pais não entendiam seu gosto pela leitura. A diretora da escola menos ainda. A menina passava horas na biblioteca, lendo um livro atrás do outro e quanto mais lia, mais aumentavam seus problemas. A história terminaria em tragédia se não fosse a Srta. Mel, uma professora muito querida.

Diário de um banana: um romance em quadrinhos
Jeff Kinney
Editora Vergara & Riba
Não é fácil ser criança, crescer menos ainda. Quem já passou pela escola conhece bem os problemas enfrentados por Grag, um menino de 11 anos que, em um diário, conta as desventuras de sua vida escolar. Em uma série com 5 títulos, o garoto enfrenta os desafios da pré-adolescência: disputa entre os meninos, festas e paqueras e mudanças em seu próprio corpo. Quem gostar de Diário de um banana: um romance em quadrinhos, o primeiro da coleção, poderá se aventurar a ler os outros.

Contos de Adivinhação
Ricardo Azevedo
Editora Ática
Ricardo Azevedo, autor brasileiro, aproxima as crianças e adolescentes dos contos populares de nosso país, diminuindo a distância existente entre os centros urbanos e rurais, a metrópole e o sertão. Em Contos de adivinhação apresentam-se os tradicionais reis e príncipes ao lado de pessoas simples do sertão, com histórias que transmitem mensagens sobre a vida e a natureza. Com textos curtos, podem ser lidos em uma só sentada e desfrutados pouco a pouco.

Pippi meialonga
Astrid Lindgren
Editora Cia das Letrinhas
O mundo é pequeno para Pippi, uma menina de 9 anos que não se amedronta com pouco. Encantadora e autoconfiante, desmente o mito de que as meninas são frágeis e medrosas. Para começar, não tem pai nem mãe e mora sozinha. Feliz e contente vive a sua independência: confecciona suas próprias roupas — nada convencionais. Em companhia de um cavalo e um macaquinho mostra a todas as crianças como transformar o medo em liberdade. Se gostar desta saga, procure os outros livros da coleção.


http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/biblioteca-basica/2011/11/22/dicas-de-livros-para-ferias

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Coisas da Língua

Para começar o ano, nada melhor do que um texto que fale das maravilhas de nossa Língua Portuguesa. Recebemos por e-mail e, embora tenhamos tentado descobrir a autoria, não encontramos. De qualquer forma, aproveitem!


Mas Que Coisa !!!
 
O substantivo "coisa" assumiu tantos valores que cabe em quase todas as situações cotidianas . 

A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português. 

A natureza das coisas: gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar”. 

Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha. Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já." E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha. 

Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas. 

Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!". 

Devido lugar 

"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)". A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. "Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca." Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas. Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração", de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa). 

Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim! Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus". 

Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. 

No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré ("Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar"), e A Banda, de Chico Buarque ("Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor"), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou. Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a tur ma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro". 

Cheio das coisas 

As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas. Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, "são tantas coisinhas miúdas"). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade ("ô coisinha tão bonitinha do pai"). Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa... Já qualquer coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem." 

Por essas e por outra s , é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma. 

A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisa vai." Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas! 

Coisa à toa 

Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente." E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa". 

Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más. 

Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda.
Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: "amarás a Deus sobre todas as coisas".