Olá pessoal!!!

Esse espaço a destinado a trocas, encontros, leituras e comentários!
Sejam bem vindos e sintam-se em casa!!!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sessão da tarde

Sugestão de filmes cuja temática remete à escola, à educação ou ao professor. Prepare a pipoca e boa sessão!!!


FILMES


1. A CORRENTE DO BEM
2. A SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS
3. A VOZ DO CORAÇÃO
4. CENTRAL DO BRASIL
5. COACH CARTER – TREINO PARA A VIDA 

6. CONRACK
7. ELEFANTE
8. ELEIÇÃO
9. ENCONTRANDO FORRESTER 

10.UM SONHO POSSÍVEL
11.FILHOS DO SILÊNCIO
12.GÊNIO INDOMÁVEL
13.MACHUCA
14.MEU NOME É RADIO
15.MR. HOLLAND - ADORÁVEL PROFESSOR 

16.MÚSICA DO CORAÇÃO
17.O CÉU DE OUTUBRO
18.O CLUBE DO IMPERADOR
19.O SORRISO DE MONALISA
20.PRO DIA NASCER FELIZ
21.SEMENTES DA VIOLÊNCIA
22.SER E TER
23.UM DIRETOR CONTRA TODOS
24.VEM DANÇAR
25.VERMELHO COMO O CÉU 

26. VERÔNICA
27. O CONTADOR DE HISTÓRIAS

domingo, 27 de novembro de 2011

Para acreditar no poder da Leitura!

Imperdível filme: "Minhas tardes com Margueritte", com Gerard Depardieu.

Sensível e especial... ilumina nossos corações assim como a leitura ilumina nossa alma!!! Veja o trailler.


Pitadas de reflexão sobre a formação de leitores III

Ser usuário da cultura escrita é o resultado de conhecer os benefícios da leitura, de entregar-nos a ela de tal modo que possamos ampliar nossa compreensão não só dos livros e dos textos, de que se tratam e como estão escritos, mas também de nós mesmos. Mas nada disso, nem o poder, nem o desfrute, nem a compreensão ou a busca de conhecimentos que a leitura torna possíveis, está ao alcance daqueles cuja primeira experiência de leitura careceu de alegria, de jogo, de prazer de entrar nas história sou a recompensa de um esforço despendido. 
Margaret Meek, En Torno a la Cultura Escrita. México, Fondo
de Cultura Económica, 2004.

Pitadas de reflexão sobre a formação de leitores II

"A leitura do professor é particularmente importante no início da escolaridade, quando as crianças ainda não lêem, por si próprias, de forma eficaz. Durante esse período, o professor cria muitas e variadas situações nas quais lê diferentes tipos de texto. Quando se trata de um conto, por exemplo, cria um clima propício para desfrutá-lo: propõe que as crianças se sentem a sua volta para que possam ver as imagens e o texto, caso queiram; lê com a intenção de provocar emoção, curiosidade, suspense ou diversão; evita as interrupções que poderiam cortar o fio da história e, portanto, não faz perguntas para verificar se as crianças estão entendendo, nem explica palavras supostamente difíceis; incentiva as crianças a seguirem o fio da narrativa (sem se deterem no significado particular de certos termos) e a apreciarem a beleza daqueles trechos cuja forma foi objeto de um cuidado especial por parte do autor. Quando termina o conto, em vez de interrogar os alunos para saber o que compreenderam, prefere comentar suas próprias impressões – como faria qualquer leitor – e, com isso, desencadeia uma animada conversa com as crianças sobre a mensagem que pode ser inferida a partir do texto, sobre o que mais impactou a cada uma, sobre os personagens com os quais se identificam ou que lhes parecem estranhos, sobre o que teriam feito se precisassem enfrentar uma situação semelhante ao conflito apresentado no conto... "
Delia Lerner
 Ler e Escrever na Escola – O Real, o Possível e o
Necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. 

Pitadas de reflexão sobre a formação de leitores I

"Ler para as crianças é uma das medidas mais fáceis de serem inseridas no sistema escolar com resultado. É essencial que, desde o início da escolarização, leitura e escrita estejam dotadas do sentido que realmente têm. A escola entende que ler e escrever não são atividades que se aprendem só para ler e escrever, mas também para comunicar-se com outros, para informar-se sobre os outros, para apreciar as qualidades literárias de um autor, para pensar melhor, aprofundar as idéias. A escola precisa mostrar as situações nas quais se pode trabalhar escrita e leitura com propósitos tão interessantes quanto os que são oferecidos fora da escola".

Delia Lerner, entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, em


6/11/2007.

Novidades em breve no ar...


Em 2012, mais "Conversas Pedagógicas"!!! Aguardem nossas muitas novidades...

Se você quer receber nossa programação por e-mail, envie-nos seu endereço para: carpediem.contato@uol.com.br ou cadastre-se em nosso blog, no link à direita, no final da página.



Esperamos pela sua visita!!!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ensinar ou não a letra cursiva?


Beatriz Gouveia, coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá, afirma no vídeo que não se deve deixar de ensinar a letra cursiva para as crianças

A especialista explica que o ensino inicia com a letra de forma para que a turma possa se concentrar nas questões conceituais do sistema alfabético de escrita. Depois que se apropriam disso, começam a usar a letra cursiva, que garante agilidade na escrita. "Ela passa a ser um instrumento para a vida escolar, para a vida social delas," comenta Beatriz.

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/video-correto-deixar-ensinar-letra-cursiva-639172.shtml

Gêneros textuais na escola - Schneuwly


Você pode não conhecê-lo pelo nome, mas o trabalho do suíço Bernard Schneuwly, professor da Universidade de Genebra, já deixou de ser novidade há algum tempo, principalmente para quem leciona Língua Portuguesa. Suas ideias sobre gêneros e tipos de discurso e linguagem oral estão nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Desde a década de 1980, o psicólogo e doutor em Ciências da Educação, pesquisa como a criança aprende a escrever. Os estudos resultaram na criação de sequências didáticas para ensino de expressão escrita e oralidade. Os conceitos presentes nesse material didático se difundem aos poucos no Brasil. Schneuwly vem colaborando com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em trabalhos na área e pesquisadores da instituição estão publicando uma coleção com sequências didáticas inspiradas no modelo suíço. A seguir, os principais trechos da entrevista que ele concedeu a NOVA ESCOLA.
O que seus estudos propõem de novo no ensino da língua? 
Bernard Schneuwly Colocamos a questão da comunicação no centro do ensino da língua materna. Esta é a mudança mais significativa: dar às crianças mais possibilidades de ler, de escrever textos, de aprender gramática e ortografia em função da comunicação.
As aulas de gramática devem ser dadas em função dos textos? 
Schneuwly É essencial ensinar as crianças a ler e a produzir textos. Quando começam a estudar elas têm de realizar essas tarefas e, de maneira geral, não se dá importância suficiente à questão. Isso não significa deixar de dar também um pouco de gramática à parte. É possível fazer isso analisando sentenças complexas extraídas dos próprios textos. Há ainda uma outra maneira, mais forte na Suíça: pedir que os estudantes escrevam sentenças que depois são usadas para análise e aprendizado.
Quanto tempo da aula deve-se dedicar à gramática?
Schneuwly Em meu país, e eu sei que aqui acontece o mesmo, cerca de 70% ou 80% do ensino da língua corresponde a gramática e ortografia e apenas 20% ou 30% a leitura e escrita. Temos trabalhado para chegar a um equilíbrio. Além disso, acho que há gramática demais nas séries iniciais e de menos nas finais. Na Suíça, depois do ensino elementar, os estudantes aprendem apenas literatura. Mas há problemas gramaticais complexos que poderiam ser estudados por jovens de 16, 17, 18 anos. 


Por que há um peso maior em ortografia e gramática? 
Schneuwly Porque é mais fácil dar aulas sobre esses dois temas. Existem livros didáticos e dicionários disponíveis. No entanto, muitos educadores não sabem o que fazer no momento de trabalhar leitura e escrita. Eles precisam de material para isso. 


É o trabalho que o senhor vem desenvolvendo na Suíça? Schneuwly Sim. Em 1990 houve uma demanda oficial do governo para que o grupo de pesquisa do qual faço parte criasse um material que ajudasse a ensinar expressão escrita e oralidade. Ao mesmo tempo os docentes diziam, em congressos, que precisavam lecionar comunicação mas não tinham métodos. O fato de os professores terem pedido mudanças foi muito importante. Era sinal de que eles estavam prontos para adaptar-se. Mais do que se tivesse havido uma imposição. 


Como é o material?
Schneuwly São quatro volumes. Um destinado para 1ª e 2ª séries, um para 3ª e 4ª, outro para 5ª e 6ª e o último para 7ª , 8ª e 9ª. Em todos eles há uma apostila que deve ser usada pelo aluno e outra pelo professor, escrita para que ele possa usá-la sem dificuldade, com apenas um dia de treinamento. São cerca de 40 seqüências didáticas para diferentes tipos de texto: científico, ficção científica, histórias de aventuras, crítica literária, entre outros. 


A oralidade também é trabalhada?
Schneuwly Sim. As crianças a desenvolvem ao fazer uma entrevista, participar de um debate ou expor um tema para uma platéia, por exemplo. 


Recursos como esses conseguem mudar o trabalho do docente? Ou ele precisa de mais formação?
Schneuwly Esse é um problema importante e sua solução deve levar um longo tempo. Há dois pontos envolvidos. Um é a formação inicial. A nova geração tem uma educação melhor e consegue trabalhar da maneira que propomos com mais facilidade. Por outro lado, há a necessidade de formar aqueles que já estão na ativa, que são numerosos. Com o material em mãos, a capacitação pode se dar na teoria e na prática. 


Como as seqüências são usadas?
Schneuwly A criança entra em contato com vários gêneros de texto que serão vistos novamente no futuro. Na primeira vez que estuda entrevista, por exemplo, ela está no 4º ano. Nessa fase, conhece técnicas simples e vai entrevistar um funcionário do colégio. Ela prepara o questionário mas aprende que, se formular as questões espontaneamente, conseguirá melhor resultado. Uma folha pode ser levada com a relação de perguntas de um lado e, no verso, palavras-chave. A consulta será feita só se houver problemas. Outra dica é perguntar algo sobre o que o entrevistado acabou de falar, e não apenas emendar uma questão da lista na outra. 


Quando esse mesmo tema será visto novamente?
Schneuwly No 8º ano, só que com técnicas mais elaboradas. Nessa fase, os alunos estão estudando os diferentes modos de falar. Por isso, têm que entrevistar estrangeiros que aprendem francês em Genebra, ou especialistas em oralidade, como um padre ou um advogado. Eles vão ouvir, ler, analisar, observar, comparar, fazer, escrever. Vão aprender também como redigir a abertura do artigo, apresentando o entrevistado. Nosso método leva à análise e à produção de um gênero. 


O programa se desenvolve em forma de espiral?
Schneuwly Exatamente. O estudante vê determinado gênero uma vez, depois uma segunda e, às vezes, até uma terceira. Debates, por exemplo, são estudados na 3ª, na 6ª e na 9ª séries. A primeira coisa que ele aprende é a ouvir o que está sendo dito. Isso porque é importante usar o que o interlocutor disse, integrando as palavras dele ao seu próprio discurso. Outra coisa: se uma pessoa fala algo que deve ser contestado, isso deve ser feito de maneira não agressiva. São muitas as técnicas. 


Aprendemos, de maneira natural, os gêneros orais primeiro. Nas aulas eles devem ser ensinados antes dos escritos?
Schneuwly Eles podem ser vistos ao mesmo tempo. A escola não ensina a falar. E os brasileiros, particularmente, se expressam muito bem. As crianças daqui são fantásticas! O que precisamos é prepará-las para situações formais, como um debate, uma exposição para um grupo. Para nós, pode começar ao mesmo tempo, porque a escrita ajuda a oralidade e vice-versa. 


A psicolingüista argentina Emilia Ferreiro defende há mais de 20 anos a utilização de textos variados, principalmente em substituição à cartilha. Há relações entre as idéias defendidas por ela e as suas?
Schneuwly Acho que dizemos a mesma coisa com outro nome. Talvez uma diferença esteja no fato de que nós, quando trabalhamos com um gênero, nos aprofundamos bastante nele. Isso leva uma semana, duas, até quatro. Uma outra possível diferença é que Emilia Ferreiro trabalha apenas com os pequenos e nós, até com os adolescentes. Mas as idéias provavelmente não são contraditórias. O importante é que os gêneros representam textos como são vistos nas situações diárias. 


Existe um tipo de texto que só é visto na sala de aula? 
Schneuwly Quando você aprende um gênero durante as aulas ele sai da situação social e se transforma num gênero escolar. Uma entrevista feita nessa situação não é a mesma coisa que uma realizada por um profissional. Para nós não há problema nisso, porque acreditamos que a escola é uma instituição social onde as pessoas aprendem. Então, é absolutamente necessário que faça adaptações. Emilia Ferreiro critica as cartilhas por serem textos que não existem fora da classe. Não concordo com ela nesse ponto. 


Por quê? Isso não é verdade?
Schneuwly A idéia de Ferreiro é velha porque parece ruim haver diferença entre a vida real e a escola. É claro que não deve haver uma grande diferença. Mas alguma, sim. Na escola há uma situação social real para a aprendizagem. Lá pode-se correr riscos e cometer erros. Um jornal serve para informar as pessoas. Se você o leva para a sala de aula, ele não está lá mais para esse fim, mas para ser aprendido. Queiramos ou não, não é mais o mesmo contexto social. 

Quando um professor leva diversos materiais para a sala de aula, está trabalhando com diferentes gêneros de texto?
Schneuwly Não. Gênero é a forma mais ou menos convencional que um texto assume: uma entrevista, uma receita culinária, uma história de aventura. Quando você lê um jornal, por exemplo, há muitos gêneros dentro dele e a criança tem que aprender isso. 


Gêneros são conteúdos ou ferramentas de trabalho?
Schneuwly São os dois. É muito fácil explicar isso quando se pega uma receita culinária. Ela é um gênero, tem uma certa forma lingüística, uma estrutura, um vocabulário, mas ao mesmo tempo é, claro, uma ferramenta usada numa situação de comunicação. Transmite a uma pessoa como se prepara uma omelete, por exemplo. Sem essas formas estabelecidas, a comunicação seria muito complicada. Se você não soubesse como é uma entrevista, como seria nossa comunicação nesse momento? 


Os estudantes expostos a essa metodologia aprendem mais do que a ler e escrever de maneira adequada?

Schneuwly Com certeza. Por exemplo, quando os ensinamos a escrever uma carta para um jornal sabemos que, provavelmente, eles não terão necessidade de produzir muitos textos desse tipo. Mas, nesse processo, aprenderão também a argumentar. Eles adquirem capacidades, principalmente capacidades gerais de comunicação.
Quer saber mais?
Os Gêneros Escolares: das Práticas de Linguagem aos Objetos de Ensino, Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz, Revista Brasileira de Educação, nº 11, maio a agosto de 1999, Anped,
Coleção Trabalhando com os Gêneros do Discurso (Conto de Fada, 64 págs., Narrativa de Enigma, 116 págs., Fábula, 88 págs., Notícia, 96 págs.), Jacqueline Peixoto Barbosa (coord.), Ed. FTD. 

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/ensino-comunicacao-423584.shtml 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Para formar leitores e escritores...

"Tal como um piloto de avião precisa acumular horas de voo para ser hábil, um escritor precisa somar muitas oportunidades de escrita." 
Mirta Torres


Para ler a entrevista completa de Mirta Torres para a Revista Nova Escola, acesse:


Aproveitem!

Sequências didáticas em leitura e escrita


Veja alguns destaques da palestra de Myriam Nemirovsky na Semana de Educação 2011 da Fundação Victor Civita, postado no blog da editora Ática/Scipione.
As sequências didáticas de leitura e de escrita na formação docente e na sala de aula
“Antes de começarmos, vamos estabelecer alguma definição acerca do termosequência didática. O aprendizado é um processo que requer que um sujeito viva certos tipos de situação de maneira regular, prolongada, sistemática e consistente, por meio de estratégias de médio e longo prazo, nas quais se possa constatar, analisar e refletir sobre o objeto de aprendizagem. Tais etapas constituem processos didáticos que podem ser chamados de sequências”.
“Os conteúdos curriculares são fatores determinantes do processo educativo. A abordagem de um tema ocorre a partir do planejamento prévio do docente, do surgimento de um fato ou problema social, do registro de um déficit ou carência específica em seu grupo, e de diversos outros fatores. Particularmente, acredito que o docente deva ser responsável pelo conteúdo ensinado. O jovem aluno — tenha ele quatro, 15 ou 20 anos — não pode definir sozinho como será o seu currículo escolar. Para mim, isto faz parte da responsabilidade docente”.
“Trabalho com três níveis de planejamento curricular: 1. Dos processos didáticos que serão desenvolvidos ao longo do ano; 2. Das sequências didáticas em si (aproximadamente mensais); 3. Das situações didáticas frequentes e regulares, que podem atender à pertinência dos eventos cotidianos”.
“Para o primeiro item, podemos trabalhar ao longo de todo o ano letivo a leitura regular de notícias jornalísticas, podemos promover a troca de correspondência interescolar – sim, correspondência, aquela prática pouco usual nos dias de hoje, mas que significa escrever e selar uma cartinha nos Correios… Podemos também fazer o acompanhamento de textos narrativos extensos – e quero dizer extensos de verdade; é possível ler com os alunos obras de mais de 200 ou 300 páginas, fragmento por fragmento, de forma consecutiva, para que se familiarizem com a literatura de fôlego. Podemos, ainda, trabalhar coletivamente a atualização, o aumento e a organização do acervo da biblioteca da sala de aula”.
“Ao longo dos níveis 2 e 3, o trabalho com diversos gêneros textuais nunca é demais: textos jornalísticos (é interessante acompanhar o noticiário com os alunos e discutir em grupo quais sujeitos são destaque, quando, como e por quais razões o são), textos publicitários (que são riquíssimos; por que não propor a criação de uma campanha publicitária?); textos instrucionais em geral (que tal elaborar um livro coletivo de receitas?)”.
“As sequências didáticas podem ser compartilhadas com outros professores e promover a aproximação com a arte ou com o estudo do funcionamento de sistemas orgânicos, por exemplo; levantar questionamentos sobre a História, sobre novas tecnologias; analisar causas e características de fatos e fenômenos sociais”.
“Para vocês visualizarem como estas conexões são possíveis, proponho que tomemos como ponto de partida a tela Moça com brinco de pérola, pintada no século 17 pelo holandês Johannes Vermeer. O primeiro passo é mostrar uma imagem do quadro aos alunos, para aos poucos cercá-los de informações e objetos de pesquisa: quem foi o pintor? Quando viveu? Onde viveu? Qual é a opinião dos especialistas sobre sua obra? Quais são suas outras obras?”.
“A segunda fase seria organizar uma exposição na escola com toda a informação compilada, para então aprofundarmos nossa investigação: sabiam que a pintura inspirou o romance Moça com Brinco de Pérola, lançado em 1999 pela escritora americana Tracy Chevalier? Da pintura, passamos à literatura, promovendo leituras em voz alta, estimulando o senso crítico das crianças com opiniões particulares sobre a obra”.
“Nesta sequência didática, seria importante discutir com os alunos os motivos pelos quais um quadro feito há mais de 300 anos inspirou um romance contemporâneo. E imaginar os processos de confecção deste trabalho: a autora jamais escreveria o livro exclusivamente a partir da imagem da pintura. Ela precisou, no mínimo, recompor o período histórico em que a obra de arte foi concebida”.
“Há mais a explorar neste exemplo, pois a tela e o livro inspiraram o filme Moça com Brinco de Pérola,  lançado em 2003 e dirigido pelo inglês Peter Webber. Agora, temos três instâncias de análise: a pintura, que gera o romance, que gera o roteiro cinematográfico. É possível compararmos as biografias dos três autores em questão: investigar as formas de vida, o comércio, a habitação, a vestimenta, a alimentação e os códigos sociais dos tempos de Vermeer, comparando-os aos dos autores contemporâneos. As relações de interdependência são uma das principais implicações de um processo didático”.
“O conhecimento gerado precisa, por fim, expressar-se também em fins práticos: o professor pode produzir com os alunos um folheto, um livro, organizar uma exposição voltada à comunidade escolar, apresentar a experiência a demais educadores”.

Formação de professores

A Semana de Educação de 2011, da Fundação Victor Civita, trouxe Myriam Nemirovsky e Mirta Torres para a discussão de temas voltados para as práticas de linguagem. As palestras foram muito enriquecedoras e o dia muito produtivo. Para obter o material apresentado pelas estudiosas, acesse o link abaixo.

Boa leitura!

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/materiais-apresentacoes-semana-educacao-2011-644947.shtml

segunda-feira, 25 de julho de 2011

EUA abandonam ensino da letra de mão

Defensores da medida, que provoca polêmica, argumentam que as crianças não necessitam mais escrever com caneta no papel
18 de julho de 2011 | 0h 00
Gustavo Chacra - O Estado de S.Paulo
CORRESPONDENTE
NOVA YORK
Paulo Liebert/AE-19/8/2010
Ultrapassado. Escolas de cerca de 40 Estados americanos vão abandonar ensino da letra cursiva, por considerá-la hoje ultrapassada e desnecessária.
O ensino da letra cursiva (de mão) será opcional em Indiana e deverá ser banido definitivamente nos próximos anos. A decisão deve ser seguida por mais de 40 Estados americanos que também consideram esta forma de escrever como ultrapassada. Na avaliação deles, é mais importante se concentrar no aprendizado das letras bastão (de forma).
O argumento dos defensores desta lei, que provocou polêmica nos Estados Unidos nas últimas semanas, é de que hoje as crianças praticamente não necessitam mais escrever as letras com caneta ou lápis no papel.
Seria mais importante elas aprenderem a digitar mais rapidamente, já que quase toda a comunicação acontece por meio de letras de forma nos celulares e computadores.
"As escolas devem decidir se pretendem ensinar letra cursiva, mas recomendamos que deixem de ensinar e se foquem em áreas mais importantes. Também seria desnecessário encomendar apostilas que ensinem letras cursiva", diz um memorando do Departamento de Educação de Indiana.
A Carolina do Norte também já anunciou que adotará uma medida similar, segundo suas autoridades educacionais.
A Geórgia é outro Estado americano que recomenda o fim do ensino, segundo seu porta-voz Matt Cardoza, apesar de "aceitar que os alunos aprendam a letra de mão caso os professores considerem necessário".
Esses Estados, assim como outros 40, integram o Common Core Stated Standards Initiativa (Iniciativa para um Padrão Comum de Currículo), responsável por tentar padronizar o ensino básico nos Estados Unidos. O grupo defende abertamente o fim do ensino da letra cursiva.
Jody Pfister, diretor de um distrito escolar em Indiana, escreveu artigo em um jornal local defendendo as mudanças. "Se olharmos antigos documentos ou se vermos a escrita de mão dos tempos da guerra civil, eles eram verdadeiros trabalhos artísticos e certamente perderemos parte disso. Mas temos de levar em conta o progresso", escreveu o diretor.
Os opositores, além de levar em conta a tradição, dizem que a letra representa em parte a personalidade das pessoas, especialmente nas assinaturas, e também permite que sejam lidos documentos históricos, como a declaração de independência dos Estados Unidos.
Um encontro da Master Penmen, a associação internacional dos instrutores de letra de mão, deve se encerrar hoje no Arizona com um repúdio à decisão em Indiana. Eles contam também com um apoio indireto do presidente Barack Obama, que tem o costume de escrever cartas de próprio punho para algumas pessoas, inclusive para eleitores.
Trajetória. Até poucas décadas, o ensino da letra cursiva nos países ocidentais era inquestionável, e crianças passavam horas aperfeiçoando a letra em cadernos de caligrafia. O importante, além de tornar os traços legíveis, era ser capaz de escrever de uma forma considerada bonita. Foi com a pedagogia moderna que a exigência da letra cursiva começou a ser questionada. Com o tempo, cadernos de caligrafia caíram em desuso.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mais um curso do CONVERSAS PEDAGÓGICAS...

Nesse sábado, dia 09/07, aconteceu o segundo curso do "1º Conversas Pedagógicas", dessa vez com a profª Luana Serra falando sobre a produção de textos na alfabetização. Foi mais um encontro no qual os participantes puderam rever práticas, trocar experiências e refletir sobre o trabalho em sala de aula. Veja alguns momentos:
Lanchinhos, livros, blog, materiais, produção... tudo isso esteve presente!

Momentos de interação e participação efetivas...

Nossa formadora em diferentes momentos do encontro...

A turma feliz ao término do curso: gostinho de "quero mais"!!!

Depoimentos das participantes:
"Estou levando na minha bagagem muitas ideias!!! O encontro foi espetacular!!!"
"Lu, seu curso foi excelente como sempre!!Estarei presente nos próximos!!!"
"Estou com gostinho de quero mais:))"
"Adorei o curso! Esperarei ansiosamente mais cursos como este, pois colabora com o cotidiano em classe, enriquecendo meu trabalho em sala de aula. Luana, obrigada por dividir conosco todo o seu conhecimento!"
"Gostei muito, principalmente das propostas em grupo!O acolhimento também foi ótimo. Espero por mais encontros do Conversas Pedagógicas!"

É isso pessoal! A Carpe Diem agradece a presença de todas e espera revê-las em breve!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Curso "Brincando com Corpo e Voz" - Profª Iva Passos

A "Carpe Diem Projetos Educacionais" realizou o 1º CONVERSAS PEDAGÓGICAS, um evento que ofereceu formação continuada para professores. A abertura aconteceu nesse sábado, dia 02 de julho, em Santos, com o curso "Brincando com corpo e voz", ministrado pela professora Iva Passos. Veja alguns momentos:

Profª Iva Passos nos presenteou com sua competência e poder de encantamento!


Momentos da organização, coffee break e a coordenadora Luana Serra com Iva Passos!


Momentos de encantamento, prazer, construção de conhecimento, partilha de experiências, sorrisos, abraços e ótimas lembranças!

Veja o depoimento de alguns participantes:
Elaine Petito: Sabado maravilhosoooo!!!
Wânia Paula: Curso de música na educação, com Iva Passos, surpreendente...muito Bom!!!Valeu apena acordar cedo nesse sabado chuvoso...

Débora Lorenzon: Dia maravilhoso, adorei o curso de capacitação de professores. Oportunizou vivência, prática e interação. Obrigada Iva e Luana.......quando crescer quero ser como vocês!

Em breve, postaremos notícias dos próximos cursos! Até lá!